domingo, 29 de maio de 2011

Curto

Esse vai ser curto.Rápido.
Espero.

"Você é o que come."
"É o que veste".
"O que fala."
"Com quem anda."

Voce é voce e pronto,caramba.
Voce é aquela pessoa que fala com voce na sua cabeça nos momentos mais verdadeiros.
Nos momentos de estresse.
Nos momentos de raiva.De tristeza.De mágoa.
Voce é aquela voz que ri com voce durante uma discussão a qual voce não quer dar atenção.
Voce é aquela ação,sem nem mesmo pensar,que vai e anima seu amigo.Que chora com ele.Que o defende.
Voce é seu momento bravo.Seu pós-momento bravo.O então perdão.
Voce é a besteira apaixonada.Voce é a sua consciencia brigando por isso.
Voce é o que acha importante.Uma parte sua é até mesmo o que voce não considera.

Voce é uma contradição eterna.
Então não ligue pra definições.Não ligue para as confusões.


Voce é tão bonito(a) assim.

:)

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Paciência nãe é conivência

É,as coisas estão ruins.O mundo tá uma confusão,o tempo passa de um jeito esquisito e ninguém mais sabe o que fazer.
Todos estamos loucos.

Pessoas são gentis mesmo assim.
Pessoas são amigas.

Egoísmo ou maturidade?Insensibilidade ou ajuda?

Gosto muito da tão comentada técnica de se colocar no lugar do outro.É uma técnica muito boa e,geralmente,infalível.
Mas não é tão infalível assim.Não mesmo.Porque se voce é uma pessoa minimamente certa de suas opiniões ou coerente no seu jeito de pensar,algumas coisas voce sabe que não faria mais.Voce aprendeu.
"Mas e se fosse com você?" E então voce tem aquela resposta na ponta da língua "Eu não faria".

É claro que as vezes julgamos mal.Pensar no outro,em suas situações,é um exercício caridoso.
Prezamos por sermos bons amigos,bons companheiros,bons cidadãos.
Todos nós prezamos isso.
Todos nós precisamos dessa..."cortesia",dessa atitude cristã alguma hora na vida.As vezes em várias horas diferentes.
Erramos muito.Nos confundimos com coisas que até então pensávamos inconfundíveis.Problemas aparecem onde jamais pensamos que pudessem aparecer.
Oras,somos todos iguais.
Logo...
Temos direitos iguais.Deveres iguais.
Não podemos,infelizmente,fecharmo-nos em nosso próprio mundo e esquecer que há pessoas lá fora também.
Eu sei,a tentação é grande.
Mas aí é que entra o que foi dito no começo : chega uma hora na vida em que voce sabe que não agiria assim.Que não pode agir assim.
As pessoas,todas elas,aprendem em seu próprio tempo.É algo natural.

Isso então nos deixa com a conclusão de que não podemos mudar os outros.Não temos esse direito.Todos merecemos apoio,amor,paciência e carinho.Claro que sim.Mas conivência não.

Ajudar é algo inerente ao ser humano.Graças a Deus.
Ajudar as pessoas.
Voce é uma pessoa.Me desculpe,colega,mas eu sou uma pessoa,too.
Eu tenho que me ajudar.A minha sanidade é fundamental para ajudar alguém.
Meus braços estarão sempre abertos pra você.Mas acontece que não dá pra mantê-los assim quando voce vem numa disparada cega.É automático,sabe?Reflexo.
O errado não se transforma magicamente em certo porque sua vista está turva.A minha está limpa e vê que está errado.Isso só me faz perceber que voce não enxerga bem.E aí?O que faremos?Eu te apoio pelo caminho,mas eu não posso me fazer de caminho pra voce.
Percebe como é tudo simples?Não há motivos para confusão.

Não posso deixar que voce me envolva na sua loucura.Eu vou até onde as coisas estão claras pra mim,entende?Um de nós dois tem que estar seguro do que está fazendo.
Eu estou.
Voce está?

Pra mim isso esclarece tudo.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Go Let It Out ...

Descia a rua de sua escola como se isso fosse a melhor coisa do mundo.

Virada a esquina já não continha o sorriso em seu rosto.Não tinha porque.Não tinha porque conter o sorriso.
O tempo frio e cinza não tirou o calor de seus olhos,nem a cor dos lábios repuxados num sorriso.Quase infantil de tão grande.
Chegou ao lugar ao mesmo tempo que sua vontade de realizar.

Era assustador como uma parte estava toda preenchida por ali.Era maravilhoso como ela se sentia livre para escrever por toda a outra parte que estava em branco.Sobre tudo o que quisesse.
Contando com a colaboração de quem estivesse disposto.

Seu pensamento agora era o da criança que recebe uma folha de sulfite e sente-se ansiosa por desenhar seus sonhos.Num trabalho delicado e sem pressa.Muitas cores e alguns artefatos que talvez não colassem tão bem ali,mas estranhamente encaixavam-se.Coisas de quem acredita.


"Feel the rain on your skin
No one else can feel it for you
Only you can let it in
No one else, no one else
Can speak the words on your lips
Drench yourself in words unspoken
Live your life with arms wide open
Today is when your book begins
The rest is still unwritten"


(Unwritten-Natasha Bedingfield)

                                                                     ~/~

O conhecido prédio estava ali ainda.Claro que estava.Ela é quem estava saindo.
Em sua mão,em seu celular,todas as músicas que gostava.
Fotos e mais fotos de rostos felizes e queridos.
Sua agenda cheia com  todos os números necessários para não sentir-se sozinha nunca mais.

Sorrisos,abraços,lágrimas,gritos,sussurros,risadas calorosas,risadas frias.Tempo frio e tempo quente.
Lágrimas caiam de seus olhos brilhantes.Brilhantes de lágrimas,brilhantes de luz.

A força e a juventude estavam frescas e implorando para serem testadas,exaustas,recuperadas,trabalhadas.

Se antes a pressão de fora estava fazendo seu trabalho,agora era a pressão de dentro que ganhava.
Todos os sonhos e ideias,todos os amores e desgostos,todas as crenças e realizações,tudo estava agora explodindo e gerando uma felicidade imensa.Explodindo por ela.Construindo com ela.

Não tinha um lugar certo pra ficar.
Estava espalhada por cada célula da garota.


Todos teriam seus ritmos,suas vidas,suas provas.
Todos teriam dificuldades e lágrimas suficientes para inundar várias represas.
Mas ela sabia que todos tirariam energia dali.

Porque ela sabia disso?
Porque todos ali merecem ser felizes.Têm capacidade para isso.
Essa certeza não era fé,embora esta estivesse presente.
Não era esperança.Não.E não era loucura,tampouco.
Essa certeza era o que é: certeza.Confiança.Conhecia seus amigos.

Sempre conheceria.


Abraçada aos amigos,ela sorriu enquanto chorava.
Sabia que estava chegando a hora de soltar o abraço.
Tinha a impressão de que muitos passos só seriam dados enquanto abraçada com eles.
Essas duas coisas estavam tão ligadas e só deixavam a óbvia conclusão de que os abraçaria novamente.
Óbvio,realmente óbvio.
                                                              **

"Paint no illusion, try to click with whatcha got
Taste every potion cos if you like yourself a lot
Go let it out, go let it in, go let it out

We're the builders of our destiny"


(Go let it out-Oasis)

Possa falar?Que venha o vestibular.Que venham as responsabilidades.Que venha a vida.
Estávamos vivendo até agora.Acho que podemos lidar com mais essa,não é?
;D



quinta-feira, 5 de maio de 2011

Desordem em casa

Minha cabeça estava zonza.
Eu tentei,em vão,me localizar.
Alguém aí me vê um GPS.

Devo me preocupar em fazer hipóteses?
Devo fazê-las?
O que farei com elas?
Por que o meu coração não responde?
Ele sabe as respostas?Eu sei que sabe.
Ele está tão longe que não enxergo sua placa sem graça e opaca.
Ligue suas luzes de Neon ,por favor.

Esvaziaram minha sala e deixaram espaço extra.
Está tudo uma bagunça.Não lembro mais onde por os móveis.Há alguns que eu nem reconheço.
Devia reconhecer?Devia saber?
Tem muita música aqui,abaixe o volume.
Quem colocou essa foto aqui?A legenda abaixo está toda borrada.
Mas eu gosto...Nossa,como eu gosto!
Cadê a minha lista de compras?
Está faltando algo...
Droga,cadê minha lista de compras?!

Sentei-me para não cair.
Suspirei exausta,frustrada,ansiosa,deprimida,esperançosa,cheia e vazia.


Quem é esse sentando-se ao meu lado?
Como entrou aqui?

"É pra sair?"Ele pergunta.
Obviamente devo ter pensado em voz alta.

"É pra sair?"
Eu poderia dizer para me ajudar a arrumar a bagunça.Poderia dizer pra sair imediatamente.Poderia até deixar a decisão nas mãos dele,mas respondi:

"Não sei.Não vejo a porta".